Assembleia da Adunifesp prepara mobilização nos campi: pelo reajuste salarial 2024!

A Assembleia Geral (AG) da Adunifesp, ocorrida no dia 30 de agosto, discutiu a Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais (SPFs). Considerou urgente aos representantes sindicais na negociação com o governo exigirem do mesmo a apresentação de uma contraproposta decente de reajuste ao funcionalismo. Algo não feito até agora devido a ausência de recursos no Orçamento de 2024, cuja lei começa a tramitar agora no Congresso. Para reverter tal impasse, docentes presentes na AG concluíram que muita mobilização desde a base das categorias de SPFs será necessária para pressionar governo e Congresso a garantirem reposições de perdas. Necessária também será a batalha contra a ameaça do presidente da Câmara, Arthur Lira, em forçar a votação da PEC-32, um ataque sem precedentes a direitos do funcionalismo e aos serviços públicos.

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Pauta não-remuneratória avança em alguns pontos na reabertura da Mesa

Mobilização dos servidores é necessária para garantir conquistas e barrar PEC-32, que Lira quer retomar.

Alberto Handfas, diretor Adunifesp

26 de julho de 2023

No dia 25 de julho ocorreu a 1ª rodada da Mesa Permanente de Negociação do governo federal com os Sindicatos de Servidores Públicos Federais (SPFs), representados pelos dois fóruns, Fonasefe e Fonacate. Conforme acordado em reunião prévia, a rodada desta semana limitou-se à pauta não-remuneratória. Discutiu-se assim o “Revogaço”: reivindicação dos SPFs ao governo para que revogue as medidas anti-trabalhistas e anti-serviços públicos implementadas desde o golpe de 2016 (governos Temer e, sobretudo, Bolsonaro). A recomposição de perdas inflacionárias dos salários será debatida nas próximas reuniões da Mesa, até 31/08. Apresentamos aqui um resumo dos pontos demandados e das discussões desenvolvidas com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), José Lopez Feijó. Foram debatidas as seguintes demandas.

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Recuperar os salários e os Serviços Públicos!

Notas sobre a Campanha Salarial dos Servidores de 2024, o Arcabouço e os serviços públicos – por Alberto Handfas, Professor de Economia da Unifesp e Diretor da Adunifesp.

O objetivo deste artigo é contribuir com o debate sobre a campanha salarial dos servidores públicos de 2024. Para tanto, a partir de uma breve contextualização histórica e política da presente situação salarial, avaliaremos as pautas reivindicativas apresentadas pelos sindicatos ao governo frente às limitações impostas, não mais pelo Teto (EC-95) mas agora, pelo Novo Arcabouço Fiscal (NAF). A partir de um exercício numérico, notamos que qualquer luta – seja salarial dos servidores, seja em defesa de programas sociais – terá de se transformar numa batalha contra as regras do NAF. Com base nisso, levantamos sugestões para a mobilização geral em defesa não apenas da recuperação salarial, mas também dos serviços públicos e da democracia no país, inclusive contra o golpismo fascista à espreita.

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Pela reposição das perdas inflacionárias

 por Alberto Handfas, 13 de março de 2023

Negociação salarial 2023 chega a um ponto crítico na 3ª rodada

No dia 10 de março, ocorreu a 3ª rodada da Mesa de Negociação de Ajuste Salarial 2023 dos Servidores Públicos Federais (SPFs) do Poder Executivo. O secretário de Relações do Trabalho (Sérgio Mendonça) do ministério da Gestão manteve a mesma proposta que já havia apresentado anteriormente (9% de reajuste nos salários a partir de 1º de maio e 43,6% no Auxílio Alimentação). A próxima (4ª) rodada da Mesa será no dia 20 de março.

A reivindicação unificada que os fóruns Fonasefe e Fonacate (que representam os vários sindicatos de SPFs) haviam apresentado no início da negociação é de reposição no salário de 27%, o que representa a perda inflacionária durante o governo Bolsonaro (IPCA entre 2019 e 2022). Ademais, reivindicou-se também que o reajuste no Auxílio Alimentação fosse estendido aos demais benefícios (Auxílios Transporte, Saúde etc), além de demandas não remuneratórias (o “revogaço”).

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Notas sobre campanha pela recomposição salarial e pela reestruturação da carreira docente federal 2023

Alberto Handfas (prof. Economia Unifesp; diretor Adunifesp)

janeiro de 2023

As perdas inflacionárias e a luta por recomposição salarial

1. Os salários dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) foram corroídos pelo Golpe de 2016, estando hoje (início de 2023) com uma perda inflacionária de 36%. Isso porque, desde então, nenhum dos golpistas de plantão – nem Temer, muito menos Bolsonaro – permitiu qualquer recomposição inflacionária aos Servidores Públicos Federais (SPFs).

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Portaria 555/22: MEC delega às Instituições Federais de Ensino autonomia para atos disciplinares

Ministério da Educação – MEC publicou no dia 29 de julho de 2022 a Portaria nº 555 que delega competências aos dirigentes máximos das autarquias e fundações públicas vinculadas ao MEC a prática de atos em matéria disciplinar. Os dirigentes das unidades públicas, como as IFES, têm agora autonomia para julgamento de processos administrativos disciplinares e aplicação de penalidades como a demissão e cassação de aposentadoria.

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EC 123/22: Novos cortes de verbas às Instituições Federais de Ensino – IFES

O governo Bolsonaro e o Centrão realizam corte às Instituições Federais de Ensino Superior – IFES no Orçamento (Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO) de 2023 superior a R$ 5 bilhões (equivalendo a uma redução de 12% frente às já diminutas verbas de 2022). Verbas para bolsas de estudo, manutenção de infraestrutura e projetos de pesquisa também estão condenados.

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Adunifesp presente em Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais: reajuste é legal e economicamente viável!

Plenária Nacional das Servidoras e Servidores Públicos Federais, realizada em 27 de janeiro com cerca de 800 participantes, representantes de suas categorias, conclui que há recursos federais e caminhos legais para reposição das perdas salariais dos servidores públicos. A mobilização da categoria é fundamental para desfazer o discurso do governo federal de inviabilidade econômica e pressioná-lo para reposição das perdas salariais que em média chegam a 20% para os servidores públicos federais e no caso da categoria docente alcança 28%. A diretoria da Associação dos Docentes da Unifesp esteve presente na plenária com presidente Fábio Venturini e tesoureiro Alberto Handfas, reforçando a unidade na luta pela reposição salarial imediata.

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Campanha Salarial nas IFES: Reposição das perdas inflacionárias já!

Reunidos em Assembleia Geral da Adunifesp (14/01), mais de 40 docentes debateram a depreciação de nosso salários e a necessidade de lutarmos por reposição das perdas inflacionárias. Uma proposta de índice de reajuste e de organização de Campanha Salarial foi sugerida como indicativa aos fóruns nacionais de nosso sindicato (Andes-SN), visando construir uma luta unitária de todos os Servidores Públicos em defesa dos salários e dos serviços públicos à população. Publicamos aqui uma contribuição elaborada por dirigentes de ADs (alguns da Adunifesp, Adur, ADUnB, ativistas do Fórum Renova Andes, e ativistas de base) com base em uma Nota Técnica do Dieese especialmente por eles solicitados.

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Os perigos da Reforma Administrativa (PEC32/2020): verdades e mentiras

Abril 2021, Confederação dos Trabalhadores do Serviço Federal – Condsef

O governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional a PEC 032/20, a chamada “Reforma Administrativa”. Essa “reforma” vem na linha do desmonte dos serviços públicos, contido na EC 95, Plano Mais Brasil, PECs 186, 187 e 188. Serão necessárias ações efetivas para derrotar essa “reforma” que ataca brutalmente os direitos dos servidores federais, estaduais e municipais(atuais, futuros e aposentados) e pretende sucatear e desmontar os serviços públicos que são do interesse de todo o povo trabalhador.

Além de forjar a unidade de todos os servidores, é preciso dialogar e ganhar os setores da população que dependem dos serviços públicos para a luta contra a reforma que une Guedes e Arthur Lira na linha do “estado mínimo”. O conjunto do movimento sindical a começar pelas entidades dos servidores das três esferas, em particular a CUT, deve engajar suas forças na luta pelo Não à reforma administrativa, agindo em defesa própria, pois são os trabalhadores de suas bases que precisam de mais e melhores serviços públicos, como a própria pandemia demonstrou.

Apresentamos essa cartilha como forma de ajudar neste combate!

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