Problemas de infraestrutura atingem campi da Unifesp

Desde seu início em 2005, o processo de expansão da Unifesp foi marcado por graves problemas de infraestrutura. A expectativa da comunidade, porém, sempre foi de que com o passar do tempo, tais deficiências fossem gradativamente sanadas. Quase dez anos depois, entretanto, boa parte da precariedade das instalações continua, ou ainda pior, agrava-se. A expansão sem o financiamento estatal adequado e com condições insuficientes para uma boa realização das atividades educacionais resultou no atual quadro bastante problemático na Instituição.

Em Diadema, por exemplo, a comunidade universitária, como forma de pressão, voltou a cogitar a proposta de “vaga zero”. Nessa proposta, os sete cursos de graduação do campus não ofereceriam nenhuma vaga para ingressantes em 2015. Essa medida drástica, alegam, seria decorrente da não existência de salas de aula e laboratórios para todos os termos e cursos do campus.

No espaço provisório do campus Guarulhos, além da redução do espaço da biblioteca, da precariedade dos banheiros e dos problemas de acústica e temperatura nas salas de aula, as redes elétrica e de cabos ainda não permitem a instalação de impressoras e compromete o sistema de internet. Em São Paulo, as aulas são constantemente interrompidas por reformas e vazamentos.

Na Baixada Santista, os docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes do curso de Educação Física permanecem sem quadra de esportes, apesar da Comissão do Ministério da Educação ter avaliado o curso com nota 4. Toda a comunidade padece com a constante quebra dos elevadores e do sistema de ar-condicionado da nova unidade.

A comunidade universitária clama há anos pela resolução a curto prazo dos problemas de infraestrutura mais graves. A resolução das demandas mais importantes de suas diversas unidades é fundamental para uma educação pública de qualidade e para que a Instituição possa dar continuidade à sua expansão, inclusive com a abertura de novos campi. Nesse sentido, a Unifesp deve pressionar o Governo Federal para que garanta o financiamento adequado e construir as soluções para suas deficiências em conjunto com toda comunidade.