Protesto marca posse do Conselho Universitário

Mais de 200 estudantes, principalmente dos Campi de Santos e Guarulhos, protestaram contra a atual situação da expansão da Unifesp, durante o ato de posse do novo Conselho Universitário, dia 22 de outubro. A cerimônia contou com a presença da Secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari, que recebeu a medalha da Instituição. Este é o primeiro Consu que assume após a reforma do Estatuto. Infelizmente, a participação da comunidade foi baixa na eleição dos Conselhos Centrais, com uma abstenção de 91%.

A posse também foi marcada pelo discurso do Conselho de Entidades, único que fez críticas ao processo de expansão e a outros problemas da Instituição. O documento foi lido pelo estudante Klaus Ficher, do DCE, que lamentou o tempo limitado e criticou o resultado da reforma do Estatuto. “Infelizmente, não alcançamos a maior parte dos nossos objetivos. A questão da democracia na gestão desta universidade ainda é bastante restrita”, afirmou.

As falas dos Diretores de Campi e dos Pró-Reitores apenas exaltaram os méritos da Unifesp. Durante o discurso, um dos diretores chegou a ser vaiado pelos manifestantes. Os estudantes pediram a palavra, querendo discutir a situação de greve, mas o Reitor negou. “O protesto mostra uma universidade viva, mas não concordo com o método”, afirmou. “Gostaríamos que não tivéssemos todos os problemas, mas faz parte deste processo. Mais fácil seria ficar acomodado na estrutura antiga”, discursou ao final, a representante do MEC.

O novo Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, professor Luiz Leduíno, que assume o cargo em plena crise, reconheceu as dificuldades. Ele apelou para que os manifestantes ficassem no auditório para ouvir sua fala, mas como o Reitor negou a palavra aos estudantes, todos se retiraram em protesto. Em seu pronunciamento, Leduíno se comprometeu a implementar moradias em todos os Campi e a solucionar outros problemas. Após a cerimônia, um coquetel inaugurou o novo prédio da Reitoria, na Avenida Sena Madureira, 1500, também marcado pelo protesto dos discentes, que foram barrados na entrada.