Luta é por reposição inflacionária nos salários (incluindo reajuste em 2024), carreira, condições de trabalho e defesa da Universidade Pública
Reunidos presencialmente em Assembleia Geral cerca de 210 docentes votaram e aprovaram a adesão da Unifesp à Greve Nacional do Magistério Superior Federal, que hoje já conta com mais de 30 (provavelmente 40 até semana que vem) instituições paradas em luta por reposição inflacionária de salários e melhores condições de ensino. Além deles, mais de cem pessoas – que não estavam presentes em nenhuma das salas – puderam acompanhar o debate online através de link disponibilizado pela Adunifesp .
Esta foi a quarta assembleia seguida desde o início do semestre letivo. Todas debateram exaustivamente (e com alta participação de docentes) a campanha salarial. Cada uma delas foi precedida por rodadas de discussões em assembleias ou reuniões locais entre docentes de cada campus.
Esta foi a maior Assembleia Geral presencial que a Adunifesp já realizou – contando com 6 salas presenciais interconectadas (por teleconferência) em todos os campi. Ela abriu seus trabalhos com um informe do estado nacional da greve e das negociações apresentada pela professora Cláudia Fegadoli (Diadema) e por relatos das Assembleias locais apresentados por representantes de cada campus. Na sequência, abriu-se 20 minutos para falas, que foram divididos por igual entre (10 minutos a cada) os que eram a favor e os que eram contra a adesão à greve.
160 docentes votaram pela adesão da Unifesp à greve nacional e 45 foram contra.
Daí se debateu qual seria a melhor data para deflagração, alguns defendendo o dia 29 de abril outros o dia 02 de maio. A maioria optou pelo dia 29.
A razão para essa relativa pressa é a necessidade de se reforçar o mais rapidamente possível o movimento paredista da Educação Federal conferindo aos representantes dos Comandos de Greve na próxima rodada de negociação maior poder de barganha e pressão. Isso pode permitir concessões mais rápidas do governo para que se alcance um acordo favorável o mais breve possível. Vale lembrar que os(as) TAEs e os(as) docentes de Institutos Federais já se encontram em greve há quase dois meses, podendo chegar a um acordo talvez em mais uma rodada de negociação, facilitando – esperamos – que o mesmo ocorra com todo o setor da Educação. Mas para isso, a elevação das adesões à greve neste exato momento é essencial.
A AG votou ainda a rejeição da proposta feita pelo governo, que afinal é apenas 3,5% superior à proposta original (que mal cobre a inflação do período). Isso significa que docentes da Unifesp indicam ao Comando Nacional de Greve que, ao não aceitar a proposta do governo, procure negociar na Mesa Setorial algo mais próximo dos reajustes reivindicados.
Por fim, um Comando Geral de Greve da Unifesp está sendo constituído (devendo reunir-se no dia 27, 6ª feira) a partir de representantes de Comandos de Campus que já haviam sido formados nas Assembleias locais. O Comando deve imediatamente dirigir-se aos departamentos, órgãos colegiados, e docentes em geral chamando todas e todos a aderirem a este movimento. Deve também impulsionar, junto com estudantes e TAEs atividades em todos os campi: aulas públicas, debates, seminários, mini-cursos, passeatas e atos.
A hora é de luta por nossos salários, por melhores condições de trabalho, de pesquisa e de infraestrutura nas Universidades Federais. A greve é nosso instrumento imediato!