A Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp, realizada nesta segunda-feira (06), aprovou a continuidade da greve da categoria e reivindica a reabertura imediata das negociações por parte do governo. Entre os cerca de 130 professores presentes, apenas um votou pelo fim da paralisação e dois se abstiveram.
A decisão da plenária seguiu a posição do Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, que orientou as assembleias em cada universidade e instituto federal a continuarem a greve, mesmo após a assinatura de um acordo entre representantes do governo e o Fórum dos Professores de Instituições Federais do Ensino Superior, o Proifes.
Foi reiterado por diversos docentes e aprovado em moção pela plenária que tal entidade não tem legitimidade política e legal para tomar tal decisão e que é fundamental a retomada das negociações. Atualmente, o Proifes representa oficialmente apenas os docentes de 7 universidades federais, mas mesmo nestas instituições, a sua atuação durante a greve e as negociações tem sido repudiada na maioria das assembleias.
Entre as propostas aprovadas pela assembleia da Unifesp está a elaboração de uma contraproposta pelo Comando Nacional de Greve a ser apresentada ao governo; a formação de uma comissão parlamentar suprapartidária para colaborar com a reabertura das negociações; a intensificação das atividades de greve; e a reivindicação de abertura de negociações entre o governo e os servidores técnico-administrativos das universidades federais, também em greve desde o dia 11 de junho.
A paralisação dos docentes das universidades e institutos federais começou no dia 17 de maio e atinge quase a totalidade das instituições. Os professores reivindicam principalmente a reestruturação com valorização de suas carreiras, além de melhores condições de educação e trabalho.
Confira aqui algumas fotografias da Assembleia Geral dos Docentes da Unifesp.