No próximo dia 18 de julho, servidores de todo o país voltarão a Brasília para realizar mais uma marcha de protesto contra a política de arrocho salarial promovida pelo governo federal. Essa foi uma das deliberações da reunião do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais, realizada esta semana, em Brasília. Também foi decidido que de 16 a 20 de julho haverá um acampamento unificado da greve nacional dos servidores federais em Brasília, que terminará com uma plenária nacional, marcada para o dia 20.
Durante a reunião do Fórum foi feito um balanço da greve dos servidores. A conclusão foi de que, diante da falta de perspectiva de negociação ou qualquer resposta do governo em torno das reivindicações apresentadas, a política deve ser de ampliação da greve e fortalecimento das ações de mobilização.
Para a 1ª secretária-geral do ANDES-SN, Marina Barbosa, que representou a direção do Sindicato na reunião do Fórum, a construção da unidade dos servidores é decisiva para enfrentar os ataques do governo, com destaque para o desrespeito à determinação constitucional “que assegura a revisão geral anual dos salários do funcionalismo”.
Greves
Assim como o ANDES-SN, que está em greve desde o dia 17 de maio, também já paralisaram suas atividades os servidores ligados à Fasubra, Sinasefe e à Condsef.
Dirigentes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) informaram na reunião que, com 16 dias de greve, 56 instituições já estão paralisadas. Neste período, foi realizada uma mobilização intensa, com realização de vários atos públicos que contaram com a participação de setores também em greve e da sociedade civil organizada. A perspectiva é de que a adesão à greve aumente nas próximas semanas.
No Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a greve já atinge 31 Institutos Federais, de 52 seções sindicais. Já são 183 campus paralisados e nas escolas militares estão ocorrendo paralisações.
A greve na base da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) já atinge 14 estados (PA, SE, AP, MT, MS, PR, RJ, GO, MA, TO, PI, BA, CE, PB) e o Distrito Federal. Nessa terça-feira (26) servidores do Ministério da Integração Nacional em Brasília, do Incra na Bahia, da Funai no Ceará, Paraíba e Mato Grosso e da Saúde, também em Mato Grosso, aderiram a paralisação por tempo indeterminado. No Rio de Janeiro também engrossam o movimento servidores do Datasus e do Fundo de Marinha Mercante. Inpi, Cnem e Dnit realizam paralisação de 48 horas e seguem mobilizados no estado. Servidores da Cultura também realizam assembleia para definir adesão ao movimento.
Na base da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), estão em greve os estados do Ceará, Paraná e Distrito Federal. Ficaram de paralisar esta semana os servidores de Sergipe, São Paulo, Pará, Espírito Santo e Minas Gerais.
De acordo com o informe apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc), há a preparação de uma greve progressiva a se realizar nas 24 horas do dia 28 de junho de 2012, 48 horas nos dias 04 e 05 de julho de 2012, e, 72 horas nos dias 10, 11 e 12 de julho de 2012. Os trabalhadores se manterão em assembleia permanente, mas já está marcada assembleia geral para o dia 16 de julho para avaliação do movimento e decisão de greve por tempo indeterminado.
Durante a reunião do Fórum, também deram informes sobre o processo de mobilização representantes do Sinagencias e da Anvisa.
MP 568/12
Na última reunião do Fórum também foi deliberado que será realizada uma força tarefa no Congresso Nacional para garantir que as alterações promovidas pelo relator da medida provisória (MP) 568, senador Eduardo Braga, sejam aprovadas pelos parlamentares. As entidades seguem estudando o texto da MP. Outra determinação das entidades nacionais é de buscar audiências com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior e com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O objetivo é buscar soluções para os conflitos instalados e garantir o atendimento emergencial de demandas importantes para assegurar melhorias no atendimento público e acesso a serviços de qualidade para a população brasileira.
Com informações do site da Condsef
Fonte: ANDES-SN