No dia 22 de março 37 (das 67) ADs (seções sindicais) do ANDES-SN estiveram reunidas para apresentar o resultados de suas assembleias de base e definir uma orientação geral à Campanha Nacional Salarial dos docentes. A Adunifesp esteve representada pelo colega Alberto Handfas. Apresentamos abaixo um resumo do debate e das deliberações lá ocorridas.
Informes das assembleias de ADs até o dia 21/03:
Havia bastante heterogeneidade nas assembleias realizadas pelas 37 ADs nas últimas duas semanas. O quórum variava bastante, algumas com alta participação, outras nem tanto, algumas presenciais, outras híbridas.
25 aprovaram Indicativo de Greve (algumas sem data – como a Adunifesp – outras com data). Das quais:
– 23 tiraram Comitês de Mobilização
– 10 tiraram indicativo de greve primeira quinzena de abril
– 8 tiraram indicativo primeiro semestre
– 4 definiram data de greve
– 1 Indicativo sem data definida
6 aprovaram “estado de greve”
3 aprovaram “construção da greve”
3 aprovaram “estado de mobilização”
4 rejeitaram greve
8 não deliberaram sobre o tema.
Calendário de Lutas
Por unanimidade, as delegações de ADs decidiram ser necessário – dado o impasse na mesa de negociações – intensificar a campanha salarial, a partir da construção de um calendário de mobilização para elevar a pressão por reajuste desde 2024, tendo como horizonte uma greve dos SPFs. Decidiu-se assim aderir ao calendário do Fórum dos sindicatos de SPFs, o Fonasefe:
- batalharemos pra antecipar a mesa de negociação (prevista para junho) para início de abril;
- Dia Nacional de Lutas e Paralisações em 03/04;
- Marcha a Brasília em 17/04.
Indicativo de greve para 15/04
Debateu-se sobre a necessidade ou não de se aprovar nesta reunião uma data indicativa de greve já nas próximas semanas.
Alguns dos representantes (dentre os quais o da Adunifesp) apontaram certa temeridade em definir já a data de deflagração dado que:
- um número grande de ADs ainda não realizaram assembleias ou ainda estão de férias; há uma grande disparidade nos quóruns das AGs; em quase todas em que houve aprovação do indicativo de greve, as votações foram apertadas (mostrando ainda certa divisão e incerteza na base); apenas 11 AGs já sugeriram data de deflagração para abril em (as demais ou não defendiam greve ou a defendiam sem data ainda, no máximo apontando para o 1o semestre); Um número grande de ADs de IFEs do ANDES não estavam presentes ao Setor.
Com base nisso, tais representantes ponderaram ser melhor definir a data de uma deflagração de greve numa nova reunião de Setor em duas ou três semanas, aguardando nesse meio tempo: (a) uma nova rodada de assembleias de ADs, (b) a evolução da mobilização das demais categorias rumo a uma greve unificada de todos os SPFs (evitando o paredismo isolado nas IFEs) e, inclusive, (c) se haveria ou não alguma resposta da Mesa. Isso também daria mais tempo para organizar a luta nacionalmente e reforçar a mobilização e o debate na base docente nas universidades – sobretudo naquelas em que as assembleias ainda tiveram baixo quórum ou não ocorreram, avançando com o calendário de lutas Fonasefe.
A maioria dos representantes, contudo, teve uma compreensão diferente. Ela decidiu aprovar uma data indicativa já para o dia 15 de abril. Um dos argumentos levantados para acelerar tal decisão seria a urgência em deflagrar o movimento antes que greve da Fasubra (TAEs) perca fôlego, permitindo reforçar o movimento nas IFEs. Outro argumento era de que a protelação poderia empurrar a greve ao meio/final do semestre tornando mais difícil a adesão da base docente. Assim, tal maioria decidiu:
O setor das Federais Andes-SN sugere às ADs o dia 15 de abril para a deflagração da greve do magistério federal. Tal data será assim levada para apreciação e votação nas AGs das ADs (de 26/03 a 09/04) e confirmação (ou não) no novo setor em 10/04.