Projeto Univercine apresenta Mariguella e recebe diretora do documentário

O documentário Mariguella é a atração do mês de maio do Projeto Univercine, que ainda contará com a presença da diretora Isa Grinspum Ferraz. Exibido no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme constrói um retrato detalhado de um dos maiores mitos da guerrilha de esquerda contra a ditadura militar nos anos 1960, Carlos Marighella (1911-1969). O Univercine acontece neste sábado, 18 de maio, às 14 horas, na Sala Petrobras da Cinemateca Brasileira. A mediação do encontro é de Mauro Rovai. A entrada é franca e a classificação indicativa é dez anos.

Através de rico material iconográfico, documentos da CIA, imagens de arquivo e depoimentos de personalidades importantes, dentre os quais o de Clara Sharf, viúva de Marighella, e do crítico literário Antonio Candido, o documentário focaliza a trajetória do militante desde a juventude na Bahia, sua atuação política no Partido Comunista, suas prisões na Era Vargas, sua atuação como deputado constituinte, até os violentos anos de repressão militar, quando se torna o inimigo público número um da ditadura brasileira. Além disso, Marighella é visto a partir do olhar pessoal da cineasta Isa Grinspum Ferraz, sua sobrinha, que intercala fatos históricos com um perfil humano e pessoal do herói.

Desde 2010, uma parceria firmada entre a Unifesp e a Cinemateca realiza sessões educativas voltadas para a formação de público e à discussão dos principais temas relativos às ciências humanas. A Cinemateca fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207, entre a Avenida Sena Madureira e o Metrô Vila Mariana. Mais informações no site www.cinemateca.gov.br, pelo telefone (11) 3512-6111 (ramal 215) ou pelo e-mail [email protected].

FICHA TÉCNICA E SINOPSE
Marighella, de Isa Grinspum Ferraz
São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 100? | Exibição em DVD
Retrato de Carlos Marighella (1911-1969), militante que se tornou o maior inimigo da ditadura militar brasileira. Líder comunista e parlamentar, foi preso e torturado, e tornou-se famoso por ter redigido o Manual do Guerrilheiro Urbano. O documentário focaliza sua juventude na Bahia, seus anos de militância no PCB, suas prisões na era Vargas, sua atuação como deputado constituinte, até os violentos anos de repressão militar. Narrado por Lázaro Ramos, o filme traz depoimentos da viúva de Marighella, Clara Charf, e de outros militantes de esquerda que estiveram ao seu lado, além de figuras emblemáticas da resistência ao regime militar no Brasil, como o crítico literário Antonio Candido. O filme conta ainda com uma canção especialmente composta por Mano Brown, em homenagem a Marighella.