O Brasil não pode seguir mergulhando no luto coletivo, sem punir o responsável

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo (Adunifesp-SSind), membro da comunidade brasileira, conclama a deputados federais e senadores, para que: 1) Não tratem de pautas diferentes além de combater a pandemia e não usem a tragédia sanitária para contrabandear a agenda de reformas do governo. 2) Avaliem os mais de 60 pedidos de impeachment, arquivados pela Câmara dos deputados, e tomem uma atitude republicana de impedir que o Presidente, em exercício, da República Federativa do Brasil continue produzindo fatos devastadores e antidemocráticos de difícil resolução.

Em vinte quatro meses de governo, sob o comando de Bolsonaro, o Brasil: 1) Mergulhou fundo, e sem oxigênio, no mapa da fome mundial, devido a uma drástica diminuição na distribuição de renda, exacerbado pela pandemia COVID-19; 2) Acumula sistemáticos cortes orçamentários que deixaram a Ciência e a Educação em estado calamitoso, com exígua capacidade para enfrentar os impactos da COVID-19; 3) Não apresenta um plano de enfrentamento estratégico à COVID-19, resultando num sistema de saúde colapsado em nível nacional, com mais de 12 milhões de infetados, quase 300 mil óbitos, apenas 5,43% de imunizados, e catalogado pela OMS como um país que representa uma séria ameaça sanitária mundial; 4) Tem promovido sistemáticos ataques ao meio ambiente nacional e internacional. O conjunto desses desacertos tem silenciado o protagonismo geopolítico do Brasil.

Recentemente, quase 200 renomados economistas redigiram e encaminharam uma carta aos três poderes, onde exprimem um desejo: “O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo”. A Adunifesp-SSind acrescenta, o Brasil não pode seguir mergulhando no LUTO coletivo, sem apurar e punir o máximo responsável “Jair Messias Bolsonaro”, denunciado e acusado no Tribunal Internacional de Haia, por crime contra a humanidade por omissão na crise da COVID-19.

Adunifesp-SSind