Os docentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reunidos em assembleia geral no dia 11 de agosto de 2015, vem pela presente nota expressar sua indignação e repúdio à decisão do CONSU ocorrida em reunião extraordinária no dia 30 de julho de 2015, a partir de iniciativa da Reitoria, de realizar processo paralelo de rematrícula dos cursos semestrais de graduação da Unifesp, o que foi estimulado pela adesão da Pró-reitoria de Graduação – que inclusive elaborou uma nova metodologia de procedimento online para a rematrícula. Frise-se que as diretorias acadêmicas também aderiram ao processo paralelo desrespeitando e a despeito da decisão dos Técnicos Administrativos em Educação – TAEs em greve.
Lembre-se que com a continuidade da greve dos TAEs pela melhoria péssimas das condições de trabalho – situação esta que atinge todos os segmentos das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) dada a desimportância que as autoridades do (Des)governo Federal estão conferindo ao Ensino Superior, num caminho que coloca em risco a existência das Instituições Federais de Ensino Superior, na medida em que prioriza o financiamento da Instituições privada através do Fies e do Reuni – vários serviços estão temporariamente paralisados, entre eles o da rematrícula, uma forma limite de chamar a atenção das “autoridades” para o descalabro das condições de trabalho das Ifes e que faz parte da mobilização política que resultou na greve e que coloca em evidência à comunidade universitária, inclusive aos docentes e estudantes que ainda não se sensibilizaram com tal obscena realidade, a degradação extrema das condições de trabalho dos técnicos em seu cotidiano.
Assim, os docentes reunidos em assembleia reiteram o respeito à decisão da categoria dos TAEs e repudiam a decisão do CONSU, em manter o serviço de rematrícula de forma paralela e improvisada, convocando a pró-reitoria de graduação, as diretorias dos campi e suas respectivas secretarias de graduação. Decisão em completo desrespeito à categoria mobilizada, e que vinha negociando com a Reitoria formas de resolver suas reivindicações, fato este que representa a ruptura unilateral do diálogo por parte da Administração central da Unifesp!
Reiteramos que a luta para enfrentar o grave momento que vivemos deve ser conjunta na defesa da Universidade de qualidade, laica, socialmente referenciada e, por isso, nós docentes, mesmo não estando em greve nos solidarizamos com a categoria dos TAEs, pois a luta continua e é de todos!
Docentes reunidos em Assembleia Geral no dia 11 de agosto de 2015