Em reunião realizada na terça-feira, 08 de julho, o Fórum das Seis – representação de docentes e funcionários e estudantes da USP, Unesp, Unicamp e do Centro Paula Souza – decidiu continuar e fortalecer a greve nas universidades estaduais paulistas, iniciada em 27 de maio. No começo desta semana, os docentes das três universidades, representados pelas Seções Sindicais do ANDES-SN Adusp, Adunicamp e Adunesp, deliberaram em assembleias e plenárias estaduais pela manutenção da greve, após reunião entre o Fórum das Seis e o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), realizada na quinta-feira, 03 de julho. Mais uma vez, não houve avanço nas negociações salariais, com a reafirmação do 0% de reajuste salarial.
Por insistência do Fórum das Seis, uma nova reunião foi agendada para a quarta-feira, dia 16 de julho. No entanto, o Cruesp determinou que na reunião só serão tratados os itens da pauta que não se referem à questão salarial, o que reforça ainda mais a intransigência do Conselho em relação às reivindicações das três universidades. Apesar da imposição, o Fórum das Seis continuará pautando a questão salarial. Em assembleia realizada no dia 07, a Adusp aprovou uma moção de repúdio à postura do Cruesp, considerada um desrespeito pela seção sindical.
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
Na madrugada de sexta-feira (4), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovada na Assembleia Legislativa sem nenhuma alteração do texto que diz respeito às universidades, mantendo a mesma formulação desde 1995. Em dado momento da discussão plenária, o deputado João Paulo Rillo, líder do PT, propôs publicamente a negociação das emendas defendidas pelas estaduais paulistas, e o líder da situação, deputado Barros Munhoz, do PSDB, declarou que estava ciente da situação e das demandas das universidades, mas que não poderia atendê-las por orientação explícita do governador Geraldo Alckmin.
Adunifesp-SSind apoia a greve
A diretoria da Adunifesp-SSind aprovou em junho moção de apoio à greve das universidades estaduais paulistas. Segundo o documento, que manifesta apoio ao movimento de docentes, funcionários e estudantes de USP, Unicamp e Unesp, “a questão do arrocho salarial é nevrálgica, mas nunca exclusiva, no desmonte das condições de trabalho e estudo nas universidades públicas. A intransigência e o autoritarismo que têm marcado a atitude dos gestores faz coro às manifestações tantas vezes repisadas pelo Cruesp e pelo governo do Estado de que a ideia de gerenciamento político da Educação tem precedência e orienta quaisquer determinações, mesmo que súbitas, de corte orçamentário.” A moção completa pode ser conferida aqui.
Fonte: ANDES-SN com informações e edição da Adunifesp-SSind.