O ano de 2017 não será nada fácil para a educação pública e para categoria docente. Ainda atordoados pelo duro golpe do congelamento de gastos públicos por 20 anos (PEC 241/16 – 55/16), que promete tratar a crônica crise de financiamento da educação pública com soluções de mercado, temos que nos preparar para a ampliação da precarização das condições de ensino e trabalho, além do sucateamento da insuficiente infraestrutura existente. A UERJ foi apenas a primeira a expor as consequências desse quadro de crise tratada com arrocho, para ficarmos com o exemplo da educação superior no sudeste, não nos enganemos, esse quadro é nacional a atinge todos os níveis da educação pública.
Tivemos ainda que virar o ano de 2016 com o anúncio da contrarreforma da Previdência (PEC 287/16), amparado pelo falacioso discurso de deficit previdenciário e da necessidade de equilíbrio das contas públicas, que esconde a desestruturação da seguridade social conquistada e serve aos interesses financeiros dos fundos de pensão, abrindo a temporada para a flexibilização e retirada dos direitos trabalhistas, com a iminência da reforma que imporá o negociado sobre o legislado.
Com essa difícil conjuntura a categoria docente do ensino superior iniciou o ano discutindo como enfrentar o que está por vir em 2017. Com o tema “Em defesa da educação pública e contra a agenda regressiva de retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras” as seções sindicais, entre elas a Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp-SSind), abriram as atividades de mobilização e luta no 36º Congresso do ANDES-SN durante a última semana de janeiro. Reafirmados os eixos e diretrizes gerais da luta: defesa dos serviços públicos, do plano nacional de educação, autonomia e valorização do trabalho docente, contra a apropriação do fundo público pelo capital, a retirada de direitos e toda aforma de opressão; foi estabelecida uma data como ponto de partida para a construção da unidade e fortalecimento da mobilização: 15 de março – dia nacional de paralisação e luta.
A Adunifesp-SSind reforça a necessidade de nos unirmos como categoria, discutirmos formas de luta e enfrentamento dessa problemática conjuntura que ameaça não só as condições de ensino e trabalho na Unifesp, ou no ensino superior público, mas toda a educação pública. Desde já, em acordo com as decisões do Congresso do nosso Sindicato Nacional, convocamos a todos para realização do dia nacional de luta em 15 de março e anunciamos a organização de rodadas de assembleias locais e gerais da categoria para discussão de formas de mobilização e ação para o período.
Adunifesp-SSind