E a greve continua: USP e Unesp reafirmam a continuidade do movimento

A Unesp e a USP realizaram, ao longo da semana passada, plenárias ampliadas para avaliar as condições para a manutenção da greve, mesmo depois da decisão dos docentes da Unicamp, na quinta-feira (31), de suspender a paralisação frente à aceitação do abono de 21%, proposto pelo reitor José Tadeu Jorge. O cenário atual é de continuidade da greve entre os técnico-administrativos na Unicamp, conforme deliberação do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (STU), entre os docentes e técnico-administrativos da USP, tendo crescido a força do movimento diante do anúncio de medidas repressivas por parte do reitor Marco Antônio Zago, e também entre os docentes da Unesp.

No dia 14 de agosto, quinta-feira, será realizado um ato-passeata unificada diante do Palácio dos Bandeirantes, em defesa de mais recursos para a educação, em geral, e para as universidades estaduais, em particular. O tema da mobilização será “Defesa da educação pública e de mais recursos para as universidades”.

No final da tarde da segunda-feira (4), os representantes das ADs, presentes na Plenária Estadual da Adunesp, e do Sintuesp reuniram-se com a vice-reitora no exercício da Reitoria da Unesp, professora Marilza Vieira Cunha Rudge, com o intuito de negociar o reajuste da data-base e o conjunto da Pauta Unificada. A reitora apenas anunciou a proposta de aplicar na Unesp o mesmo abono concedido pelo reitor da Unicamp: 21% sobre os salários de julho, condicionado ao término da greve na totalidade dos campi da Unesp, em parcela única. Também reafirmou a proposta de reajuste no vale-alimentação da Unesp dos atuais R$ 600para R$ 850.

“O que conseguimos até o momento não está à altura do movimento grevista e da universidade que queremos. Não continuar a greve é aceitar o rebaixamento do salário e o sucateamento da Universidade Pública”, aponta o boletim da Adunesp, de 4 de agosto, com o resultado da plenária ampliada dos docentes. A categoria deliberou pela manutenção da greve, com objetivo de fazer crescer mais ainda o movimento.

Em relação à Universidade de São Paulo, a Assembleia Geral Permanente da Associação dos Docentes da USP, realizada na quinta-feira (7), deliberou também pela continuidade da greve. A assembleia foi a maior plenária da categoria desde o início da paralisação, em 27 de maio. No espaço, foram da mesma forma aprovadas as propostas de solidariedade aos funcionários técnico-administrativos que tiveram seus salários descontados, por meio de duas iniciativas: doação de até R$ 35 mil reais, na forma de mil cestas de alimentos, e apoio à divulgação entre os docentes da conta bancária do Sintusp, que arrecada contribuições ao Fundo de Greve da entidade.

Fonte: ANDES-SN com informações das Seções Sindicais Adunesp e Adusp