Milhões de pessoas têm ido às ruas do país contra o golpe, contra um processo que,sem qualquer base legal, tenta derrubar um governo eleito. O objetivo dos golpistas é impor um governo não eleito para executar ataques (conforme anunciados no programa “Ponte para o Futuro”) até hoje inimagináveis como cortes muito mais brutais nas verbas ao ensino público, “privatizar tudo o que der” (nas palavras de Temer), destruir a CLT, entrega do pre-sal a empresas estrangeiras, fim da estabilidade de servidores públicos, suspensão de reajustes salariais, de concursos e de outros direitos adquiridos como promoção e progressão, fim da expansão do ensino público superior, privatização e fim da gratuidade de universidades públicas etc.
Nas Universidades brasileiras, incluindo a Unifesp, milhares têm participado de mobilizações contra tal golpe e em defesa da democracia e da legalidade formando comitês contra o golpe que congregam alunos, TAEs e docentes. Atos têm sido organizados não apenas para protestar contra a tentativa de golpe mas também para criticar os cortes de verbas forçados pelo ajuste fiscal do próprio governo atual e para lutar contra os ataques à democracia que se multiplicam na onda golpista — como a proibição pela Justiça e/ou MP de debates políticos serem realizados na UFMG ou na UFG.
Frente a esta grave situação, nós docentes da Unifesp reunidos em assembleia da Adunifesp no dia 25/04/2015, decidimos reiterar nossa luta contra o golpe em curso e em defesa da democracia, da legalidade e da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.
Decidimos igualmente nos dirigirmos ao ANDES-SN, o nosso sindicato nacional, solicitando que sua diretoria participe ativamente de tal luta contra o golpe, pe nossos direitos e ajude a mobilizar todas as seções sindicais e o conjunto da categoria docente no país.
Assembleia da Adunifesp