Adunifesp repudia criminalização de membros da comunidade da UFSC

Uma ação surpresa da Polícia Federal de repressão às drogas em plena Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) continua tendo desdobramentos absurdos. Agora 41 pessoas da comunidade, incluindo o presidente eleito do ANDES-SN, professor Paulo Rizzo, foram convocadas a depor pela Polícia Federal. Os intimados poder ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, um instrumento da época da Ditadura Militar, e responsabilizados pelos fatos ocorridos.

No dia 25 de março, a Polícia Federal entrou à paisana na UFSC, passou a revistar pessoas na lanchonete do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, e prendeu um estudante supostamente por porte de maconha. A ação surpresa e a prisão em plena universidade causou revolta e desencadeou um tumulto. A Polícia Federal negou-se a qualquer negociação, afirmando se tratar de uma ação contra o tráfico de drogas no campus, e acabou chamando o Batalhão de Choque da Polícia Militar, que atirou balas de borracha, lançou bombas de gás lacrimogênio e prendeu mais cinco pessoas.

A Adunifesp-SSind. se solidariza à comunidade da UFSC, em particular com seus membros intimados a depor. A universidade pública deve ser o lugar do diálogo, do conhecimento e da democracia. São, portanto, inadmissíveis as ações da Polícia Federal e do Batalhão de Choque da Polícia Militar em pleno campus.