Uma das principais deliberações do 56º Conselho Nacional de Entidades (Conad) do ANDES-SN, entre os dias 14 e 17 de julho em Maringá, no Paraná, será a construção de uma paralisação dos docentes das universidades federais no segundo semestre. Essa já foi uma resolução da última reunião do setor das federais da entidade, realizado em junho, e agora vai ser debatido pelo conjunto dos delegados ao Conad. Iniciando as mobilizações, um dia nacional de paralisação irá acontecer em 5 de julho.
A principal motivação para uma possível greve é a proposta prejudicial do governo de reestruturação da carreira docente. Nos últimos meses, a mobilização do ANDES conseguiu o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das IFES (Andifes) para a sua proposta de carreira, elaborada em seu último Congresso, e garantias do Ministério da Educação de que o projeto seria paralisado e as negociações reabertas. Entretanto, em reunião posterior, no dia 22 de junho, o Ministério do Planejamento afirmou que o projeto seria negociado, a princípio, apenas até agosto.
A retirada da pauta do Congresso Nacional do Projeto de Lei 549/2009, que limita por 10 anos o aumento salarial real e a contração de novos servidores federais, também seria questão central da paralisação. O projeto vem sendo contestado por diversas mobilizações nacionais, inclusive pela greve dos servidores técnico-administrativos em educação, iniciada no dia 20 de junho.
Com a temática “Autonomia Universitária, Trabalho Docente e Independência Sindical”, o 56º Conad será realizado na Universidade Estadual de Maringá e organizado pela Seção Sindical local, a SESDUEM. Tradicionalmente realizado em julho, o encontro aprova o plano de lutas para o segundo semestre, além de encaminhar questões organizativas do ANDES-SN. O delegado e os observadores representando a Unifesp serão escolhidos na assembleia geral dos docentes, no dia 1 de julho.