Nesta terça-feira, dia 18 de junho de 2024, os docentes da Unifesp se reuniram em assembleia pautaram a greve do magistério superior após semana de grande mobilização em Brasília e mais reuniões de negociação com os Ministérios da Educação e de Gestão e Inovação. Com cerca de 150 docentes presentes nos campi e mais de 400 acompanhando online decidiram pelo fim da greve e retomada das atividades acadêmicas a partir do dia 24 de junho de 2024. Decidiram também aguardar a minuta do acordo sobre as pautas remuneratórias e não remuneratórias para análise sobre a assinatura a ser decidida coletivamente na universidade e exposta no comando nacional de greve do ANDES-SN.
A avaliação do comando de greve da Unifesp foi apresentada logo na abertura da assembleia (pode ser lida na íntegra aqui: “Carta à comunidade da Unifesp”) reconhecendo a importância da mobilização e da greve para o início das negociações efetivas com o governo e também para as conquistas parciais da pauta remuneratória, com índice de reajuste salarial de 12,8% previstos para 2025 e 2026 e também não remuneratórias como auxílio saúde, alimentação e recomposição parcial do orçamento das instituições federais. A avaliação também considerou a dificuldade da conjuntura nacional e local para indicar o fim da greve e retomada das atividades, mas com a continuidade de mobilização e luta pela universidade pública.
Após os encaminhamentos sobre a pauta foi destacado que o primeiro passo para saída da greve e retomada às atividades é o respeito e diálogo com as demais categorias em greve, TAEs e estudantes, buscando unidade e retomada conjunta. Para isso os comandos locais de greve e docentes mobilizados devem organizar reuniões com as categorias.
Por fim, o encaminhamento da saída da greve dos docentes valoriza esse importante instrumento de luta que disputou o lugar da Universidade diante do Estado e da sociedade no Brasil, também garantiu conquistas parciais, embora muito limitadas para a categoria dos docentes, técnicos e para o conjunto das universidades, visto as movimentações do governo referente ao orçamento. As e os docentes da UNIFESP seguirão na luta para um orçamento compatível com a necessidade da universidade pública, gratuita de qualidade para todes socialmente referenciada nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.