A Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp-SS Andes-SN) denuncia com indignação a repressão policial contra representantes de movimentos populares que acompanhavam a votação da privatização da SABESP na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) neste dia 06 de dezembro. O presidente da ALESP, ao fazer aprovar na marra uma privatização criminosa, nefasta à população e anticonstitucional, chamou a Polícia Militar a atacar os ativistas do movimento que se encontravam nas galerias do plenário manifestando oposição à votação, da qual cerca de um terço dos deputados recusaram-se a participar por considera-la ilegítima.

A truculenta ação na ALESP corresponde à fraudulenta privatização de um serviço essencial à população, à saúde pública e às condições de vida sobretudo dos mais carentes – tudo preterido em nome do lucro milionário de poucos. Tanto a privatização quanto seu processo de votação estão manchados por irregularidades e abusos antidemocráticos impostos pelo governo Tarcísio – que, às vésperas, havia liberado R$ 73,3 milhões em emendas extras aos parlamentares para “garantir” maioria na votação.

Além de agredir vários manifestantes, a PM deteve cinco deles, dentre os quais o aluno da Unifesp, Hendryll Luiz, do BICTMAR (Campus Baixada Santista). A Adunifesp chama o conjunto da Comunidade Universitária a unir-se em solidariedade aos manifestantes reprimidos e detidos – em particular ao nosso estudante Unifesp – e a exigir a imediata liberação de cada um deles. É inaceitável que em uma sociedade democrática estudantes e ativistas populares sejam presos por exercerem seus direitos de livre manifestação política e de defesa dos serviços públicos ao povo.

De imediato, a Adunifesp se coloca à disposição para colaborar na necessária assessoria – jurídica, política e no que mais for necessário – para garantir os plenos direitos de nosso estudante, bem como dos demais detidos.

Alberto Handfas,
Presidente da ADUNIFESP (SS-ANDES-SN)