Universidades federais em greve realizam ato no centro de São Paulo, na terça (12)

Uma manifestação das universidades federais em greve pela valorização da educação pública será realizada no centro de São Paulo, na próxima terça-feira (12). O ato contará com representantes de docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos da Unifesp e da UFABC, e busca dialogar com a sociedade as principais reivindicações da paralisação que atinge instituições federais de ensino superior em todo país. A pauta central da greve nacional dos docente, já deflagrada em 51 das 59 universidades e institutos federais, é a valorização da carreira da categoria, uma das mais desprestigiadas dentro do serviço público. O ato será realizado em frente à BM&F Bovespa (rua XV de novembro, 275), a partir das 11 horas.

Ontem, terça-feira (06), uma marcha nacional reuniu mais de dez mil servidores em Brasília, reivindicando a valorização do serviço público federal. Após a passeata na Esplanada dos Ministérios, uma plenária reunindo 800 pessoas de diversas entidades sindicais aprovou uma greve geral do funcionalismo, a partir do dia 11 de junho.

Entre os sindicatos que aprovaram o início da paralisação está a FASUBRA, entidade nacional que representa os servidores técnico-administrativos das universidades federais. O fato pode representar  o início de uma greve geral em tais instituições como não se vê há mais de uma década. A greve estudantil já foi deflagrada total ou parcialmente em cerca de 30 federais e na Unifesp já atinge cinco dos seis campi.

No mesmo dia da Marcha, representantes do ANDES-SN se reuniram com o Ministro da Educação Aloizio Mercadante. Foi o primeiro encontro com o governo desde o início da greve nas universidades federais, em 17 de maio. O ministro informou que as negociações sobre a carreira com o Ministério do Planejamento continuarão e que uma nova reunião deve acontecer na próxima semana. Ele afirmou ainda que o prazo para as negociações é 31 de julho e que os resultados dependeriam do impacto da crise financeira internacional na economia do Brasil.

“A greve é forte e o chamado do Ministro para a reunião reafirma isso. Já são 51 instituições paradas. Nós queremos a reestruturação da carreira, para uma mais simples, que valorize o trabalho docente e permita oferecermos ensino de qualidade. Para isso precisamos também de condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”, disse Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN, em entrevista após a reunião.

(Com informações do ANDES-SN)