Docentes de Guarulhos debatem soluções para o campus com reitoria da Instituição

Uma comissão com mais de dez docentes da Unifesp de Guarulhos se reuniu na última terça-feira (8) com a reitoria da Instituição. Na pauta respostas ao documento dos professores do campus que diagnosticou os graves problemas locais e apontou encaminhamentos para superá-los. Tal documento foi elaborado durante uma semana de paralisação dos docentes e entregue ao reitor Walter Albertoni no dia 26 de abril. No início da reunião, ele reconheceu que a maior dívida da Unifesp hoje é com Guarulhos e que ainda é preciso superar muitos dos problemas locais.

A solução para o grave déficit de espaço físico, que é uma das principais reivindicações da comunidade local, parece finalmente estar caminhando. A proposta do documento dos docentes de alugar o imóvel da empresa Stiefel, como forma de abrigar atividades acadêmicas durante o período das obras do prédio central do campus, acabou acatada e foi informado na reunião que está sendo encaminhada em regime de urgência. A verba para o aluguel viria dos investimentos da Unifesp até o final de 2012, e do Ministério da Educação, a partir de 2013. Um galpão também foi alugado pela administração, mas ainda é preciso uma reforma para adequar o local às atividades acadêmicas. A reitoria ainda informou que a previsão para que o prédio central fique pronto é 2014.

A reunião debateu também políticas de acesso e permanência. Foi exposto pelos docentes que a atual situação dificulta bastante as condições educacionais no campus, prejudicando particularmente os estudantes trabalhadores, e comprometendo o projeto acadêmico dos cursos. A reitoria informou que a Unifesp contará com 200 unidades de moradia estudantil em um terreno próximo ao campus e que serão executadas como contrapartida da Prefeitura Municipal de Guarulhos ao Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.

A importância de debater amplamente e elaborar um Plano Diretor do campus ainda foi reivindicada pelos docentes. O intuito seria superar problemas de planejamento, gerenciamento e manutenção das obras locais e da infraestrutura já instalada. Outros temas foram expostos, mas não houve tempo para debatê-los. O reitor Albertoni comprometeu-se a realizar outras reuniões com os docentes e retornar ao campus Guarulhos quando as atividades acadêmicas estiverem normalizadas para dialogar com a comunidade.

Além do reitor Albertoni, participaram da reunião os pró-reitores Luis Leduíno, Miguel Jorge e Vilnei Mattioli, e o diretor do campus de Guarulhos Marcos Cezar de Freitas. A Adunifesp esteve representada pelos docentes Soraya Smaili, do campus São Paulo, e Marineide Gomes e Carlos Bello, do campus de Guarulhos. A entidade também participou da entrega do documento à reitoria, no dia 26 de abril, e marcou presença nas diversas mobilizações e assembleias dos docentes de Guarulhos, procurando atuar como um canal de diálogo e negociação na Unifesp.

Confira algumas fotos da reunião:
https://picasaweb.google.com/112523297948817071088/DocentesDeGuarulhosDebatemReivindicacoesComReitoriaMaio2012

Estudantes em greve

A greve estudantil continua no campus de Guarulhos e já completou mais de um mês. As reivindicações vão desde melhores condições acadêmicas, até alternativas de transporte e políticas de permanência estudantil. A diretoria do campus chegou a ser ocupada pelos discentes nos últimos dias, mas depois desocupada com a chegada da polícia e após negociações. A diretoria da Adunifesp relevou a atitude de diálogo da reitoria no episódio, defendendo mais uma vez a negociação e o diálogo como formas de superação dos graves problemas do campus.

O documento dos docentes e a atual situação do campus de Guarulhos também foi debatida na última reunião do Conselho Universitário, na última quarta-feira (9), na qual o reitor Albertoni reiterou o seu compromisso em resolver o grave problema de falta de espaço físico adequado para as atividades acadêmicas, encampando a proposta dos docentes de aluguel de um imóvel provisoriamente.