Nota da Adunifesp-SSind sobre o adiamento do segundo semestre letivo de 2015

A Diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo – Seção Sindical (Adunifesp-SSind) vem por meio do presente comunicado reforçar o apoio ao movimento grevista dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) em nível nacional e da Unifesp. Em específico, declarar apoio à decisão da categoria sobre o processo de rematrícula que culmina no adiamento do segundo semestre letivo de 2015 dos cursos de graduação da Unifesp.

Com a continuidade da greve da categoria pela melhoria das condições de trabalho e em conformidade com o comunicado do comando local de greve (CLG) dos TAEs, publicado em 24 de julho, considerando sua pauta interna de reivindicações, vários serviços estão temporariamente paralisados, entre eles o da rematrícula dos estudantes de graduação dos cursos semestrais.

“Conscientes dos impactos gerados pela não realização deste serviço e receando que a gestão decida fazê-lo de forma improvisada” o CLG formulou alguns esclarecimentos sobre a decisão, ressaltando que deixar de fazê-la é decorrência direta da mobilização política que resultou na greve, além de colocar em evidência à comunidade universitária a precariedade das condições de trabalho dos técnicos em seu cotidiano, agravada no período de rematrícula, em que o processo é em grande parte feito manualmente pelos técnicos, quando chegam a “realizar 30.000 matrículas em um curto espaço de tempo, com sérios problemas estruturais, como por exemplo a internet lenta.”

A Diretoria da Adunifesp-SSind reitera o respeito à decisão da categoria, principalmente por se tratar de um ponto que revela a gravidade das condições de trabalho a que os técnicos são submetidos em seu cotidiano.

As diretorias acadêmicas e os docentes que tomarem a iniciativa de participar do processo de rematrícula  estarão desrespeitando a decisão de uma categoria em greve. Também estarão realizando atividades incompatíveis com as atividades docentes.

Expediente como o envio de formulários de “consulta” à categoria docente sobre sua participação ou não neste processo, como foi a iniciativa de um conselheiro do CONSU do câmpus de Diadema, é mais um desrespeito à luta política dos TAEs, aos quais devemos ser solidários, uma vez que enfrentamos as mesmas condições precárias de trabalho, na mesma universidade. Diante de tal situação, fica a pergunta: Se os professores decidissem entrar em greve, o que significaria uma consulta realizada entre os TAEs para saber a sua opinião ou mesmo participação em atividades docentes? A autonomia universitária também se traduz nas decisões tomadas pelas três categorias, que devem ser respeitadas. Por que seria diferente quando a decisão é da categoria dos TAEs?

Neste sentido, a diretoria da Adunifesp-SSind convida os docentes a conhecer a pauta da greve dos TAEs – que apresenta vários pontos em comum com as reivindicações da greve nacional dos docentes -, e apela para um maior diálogo com os TAEs, ampliando a mobilização política em defesa da Universidade pública, laica e de qualidade.

Com tal intuito reforçamos o encaminhamento da última assembleia geral docente realizada em 1º de julho de 2015 de retomar as discussões sobre as condições de trabalho da categoria docente e do movimento grevista nacional, com nova rodada de assembleias locais nos campi com a seguinte agenda indicativa de datas: 04/08 – câmpus Guarulhos; 04/08 – câmpus São José dos Campos; 05/08 – câmpus Diadema; 05/08 – câmpus Baixada Santista; 06/08 câmpus São Paulo e 06/08 câmpus Osasco, com posterior realização da Assembleia Geral da categoria marcada para o dia 11/08 às 12 horas no câmpus São Paulo.

Diretoria Adunifesp-SSind