ATO CONJUNTO 17/JUN

arteatopost18-06-15

Nesta quarta-feira, 17 de junho, foi realizado um ato conjunto entre as categorias docente, técnico-administrativo e discente, mobilizadas em torno do eixo comum contra o Pl4330 da terceirização, contra o ajuste fiscal e os cortes orçamentários na educação e pelo respeito às deliberações do Congresso Institucional da Unifesp, com destaque a paridade. Além dos eixos específicos a cada categoria: Docentes –  por melhores condições de trabalho, alterações na carreira, como por exemplo, o maior equilíbrio entre níveis e classes, e um reajuste salarial que recupere as perdas inflacionárias; Estudantes – por melhores condições de ensino e pela volta dos transportes no campus São paulo para realização de atividades curriculares como os estágios obrigatórios; e TAEs  –  por melhores condições de trabalho, um reajuste salarial de 27,3% no piso de tabela com correção das perdas inflacionárias, e pela flexibilização da jornada de 30h.

O principal objetivo do ato, além da mobilização e expressão da indignação frente as péssimas condições de trabalho, ensino e aprendizagem na Unifesp, foi entregar à Reitoria e ao CONSU dois documentos assinados pelo Conselho de Entidades, um criticando o tom ameno e passivo, e a desconsideração da dimensão política do informativo do grupo de trabalho de acompanhamento orçamentário da Unifesp, que ao publicizar as ações na busca de equilibrar gastos e despesas sem o devido posicionamento político indica ao governo que é possível funcionar com menos e também cria junto a comunidade universitária uma aparência de ausência de problemas nesta ordem; e outro  criticando a decisão do CONSU em criar nova comissão para avaliar e sistematizar as deliberações do I Congresso Institucional da Unifesp, exigindo a apreciação imediata e direta das deliberações pelo CONSU.  E também a pauta local de reivindicações dos TAEs e uma carta de exigência dos estudantes do campus São Paulo relativa ao corte dos transportes para atividades curriculares.

O ato contou com a presença de cerca de 100 pessoas, ficou concentrado as 8h em frente ao Hospital São Paulo, onde representantes de todas as categorias apresentaram sua pautas de reivindicações a comunidade universitária e a população. Por volta das 9h todos caminharam do HSP até o prédio da reitoria expressando sua indignação com a situação da universidade federal e de seus trabalhadores, extremamente afetada pela política de cortes orçamentários. Ao chegar na reitoria a proposta não foi de inviabilização da reunião do CONSU, apenas de intervenção para leitura e entrega dos documentos acima citados. Para negociar a entrada do ato foi montada uma pequena comissão com representantes das três categorias que após um período curto de tempo voltou com a resposta positiva da retoria, concordando com a manifestação e todos os membros da comunidade universitária presentes na mobilização entraram na reunião do CONSU e seguiram com a proposta de leitura e entrega dos documentos, buscando com isso um compromisso da reitoria com as pautas apresentadas.

Após as falas dos representantes das categorias e esclarecimentos da reitora foram conquistados alguns compromissos: a formação de uma mesa de negociação imediata com os TAEs já em greve para discutir a pauta e especificamente a flexibilização da jornada para 30 horas; esclarecimentos públicos da diretora do campus São Paulo e reitoria sobre a suspensão dos transportes estudantis para atividades curriculares no campus (ainda sem data definida, mas como a carta dos estudantes assinada naquele momento propunha a data de 19/06 para pronunciamento público da diretoria de campus e reitoria e 26/06 para uma audiência pública sobre o tema a expectativa é que sejam respeitadas); respostas públicas às notas apresentadas pelo Conselho de Entidades sobre o posicionamento da reitoria e de seu grupo de trabalho e acompanhamento orçamentário e também sobre a decisão de postergar a votação das deliberações do Congresso Institucional; e por fim a imediata inclusão da paridade como pauta do CONSU, senão para ser votada naquela sessão para criar algum desdobramento mais imediato.

Encerrada a intervenção e conquistados os compromissos os membros mobilizados das categorias se retiraram, como acordado, deixando a sessão do CONSU de volta a suas pautas ordinárias. Ainda em frente ao prédio da reitoria, não mais na sessão do CONSU, foi feito um balanço da mobilização e do ato constatando-se que apesar dos compromissos conquistados a conjuntura nacional e a conjuntura local são tão graves que a mobilização deve ser constante e que no que diz respeito aos compromisso com a reitoria estes devem ser cobrados, monitorados e caso não cumpridos exigirá novas ações políticas das categorias mobilizadas conjuntamente.