26M Dia Nacional em Defesa da Educação Pública – Estudantes da UNIFESP campus Guarulhos em GREVE apresentam suas reivindicações em Ato na Reitoria

26mpost27-03-15

Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo – campus Guarulhos em greve desde o dia 24 de março (após assembleia que reuniu cerca de 600 estudantes) realizaram nesta quinta-feira, dia 26 de março, no Dia Nacional em Defesa da Educação Pública, um ato que seguiu do Diretório Central do Estudantes no campus São Paulo até a Reitoria, pedindo melhores condições de permanência estudantil como transporte, moradia, creche e alimentação.

Antes do início do ato foi realizada no DCE, no campus São Paulo, uma plenária intercampi, em que foram apresentadas a situação cotidiana dos campi desde o início do ano de 2015 levando em consideração o corte orçamentário. Em Diadema foram relatados o atraso das bolsas de auxílio estudantil, a insuficiência dos transportes entre as unidades e a diminuição do quadro dos trabalhadores terceirizados que cuidam da área verde do campus, deixando condições que ameaçam a saúde pública. Em São Paulo o principal relato foi o de ausência do restaurante universitário desde o início das aulas. Em Guarulhos também foram relatados atrasos nas bolsa de auxílio, mas o principal ponto levantado pelos estudantes foi o transporte e a dificuldade de chegar ao campus após o término do contrato entre Unifesp-EMTU com a Ponte Orca, tanto pelo trajeto, quanto pelo exorbitante preço que chega a R,00 diários para quem sai de São Paulo.

A pauta da greve foi apresentada logo após a troca de relatos.

Como bandeira de luta:

  • Contra o corte de gastos na educação feito pelo governo federal;

  • Por 10% do PIB já pra educação pública e já!

Como pauta local e prioritária:

  • Transporte como política de permanência. Retorno do Ponte Orca e criação de linhas expressas de São Paulo até o Campus como também garantia de Passe Livre a todos os estudantes da EFLCH-Unifesp;
  • Reajuste dos auxílios, desvinculando as bolsas do critério acadêmico e vinculando ao critério socioeconômico;
  • Que o retorno ao Pimentas no prédio permanente seja com todos os cursos atuais presentes;
  • Por moradia estudantil. Que a área do estacionamento do Pimentas seja também destinada a moradia estudantil visto que a outra já será muito limitada pelo seu tamanho;
  • Por uma Creche na EFLCH que atenda a comunidade e os filhos de alunos e funcionários.

O ato após a plenária, que seguiu até a reitoria, teve como objetivo entregar e protocolar a pauta de reivindicações dos estudantes de Guarulhos, a pauta estendida tirada em plenária, com reivindicações dos demais campus e, principalmente, cobrar maior transparência da reitoria sobre as decisões relacionadas a permanência estudantil, assim como uma nova proposta para situação do transporte em Guarulhos.

Recebidos pela reitora, após mais de 3 horas de diálogo, os estudantes conquistaram uma agenda de compromissos da reitoria com relação as pautas de permanência, com destaque para a situação do transporte, uma nova reunião entre reitoria e EMTU, com presença dos estudantes, ficou indicada para o dia 30 de março. A greve continua até que agenda seja realizada e uma nova proposta para o transporte em Guarulhos seja concretizada.